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A Frequência Cardíaca de Reserva (FCR) é um dos principais indicadores utilizados para determinar as zonas de treino de um atleta. Essa métrica oferece uma perspectiva mais personalizada do esforço e da intensidade necessária durante o treinamento. Ao calcular a FCR, os atletas conseguem ajustar seus treinos para maximizar o desempenho e prevenir o overtraining.
O cálculo da FCR começa com a determinação de duas variáveis essenciais: a Frequência Cardíaca Máxima (FCM) e a Frequência Cardíaca em Repouso (FCR). O processo de cálculo é simples e pode ser feito em alguns passos:
No exemplo anterior, se a FCM for 190 bpm e a FCR for 60 bpm, a FCR seria 130 bpm.
Uma vez que você tenha sua FCR, o próximo passo é definir suas zonas de treino. Existem geralmente cinco zonas, baseadas na intensidade do esforço:
Com essas zonas, você pode estruturar seus treinos de forma a otimizar resultados e controlar melhor a recuperação entre os treinos.
Além de calcular sua FCR, é fundamental validar essa métrica com testes práticos que simularão as demandas do seu esporte. Veja algumas opções:
Um teste simples pode ser feito ao correr uma distância específica, como 5 km, em um ritmo acelerado. Uma vez que você registre sua FCM e FCR durante o teste, você poderá confirmar se estão alinhadas com os resultados do cálculo.
Veja o que a pesquisa indica: testes de lactato são usados para determinar a intensidade do esforço em relação à produção de ácido lático. Você pode realizar esse teste em clínicas especializadas, e os resultados ajudarão a ajustar suas zonas de treino com base na sua FCR.
Com o uso correto da FCR, você poderá estruturar um plano de treinamento eficiente e direcionado a suas necessidades, seja no triatlo, nas corridas de longa distância, no ciclismo, natação ou hiking.
Estudos realizados por instituições, como a American College of Sports Medicine (ACSM), confirmam a importância de monitorar a frequência cardíaca de reserva e a sua relação com a performance atlética. A pesquisa destaca como diferentes zonas de treinamento influenciam a capacidade aeróbica e a resistência dos atletas. Dessa forma, o uso da FCR torna-se um fator determinante na individualização do treinamento.
Outro estudo publicado no Journal of Sports Medicine reforça a ideia de que calcular a FCR ajuda na prevenção de lesões, pois permite entender melhor a resposta do corpo ao estresse físico durante os treinos.
Além da FCR, um atleta deve sempre manter em mente a importância da Frequência Cardíaca Máxima (FCM) em seu treinamento. Para entender melhor sobre isso, confira nosso artigo: Frequentar a Frequência Cardíaca Máxima: Importância para Atletas.
A frequência cardíaca de reserva é a diferença entre a frequência cardíaca máxima e a frequência cardíaca em repouso, utilizada para definir zonas de treino.
Para calcular, subtraia a frequência cardíaca em repouso da frequência cardíaca máxima, que pode ser estimada pela fórmula 220 menos sua idade.
As zonas de treino ajudam a otimizar o desempenho físico, permitindo que os atletas treinem em diferentes intensidades de forma estruturada.
As zonas incluem recuperação (Zona 1), resistência (Zona 2), desenvolvimento de resistência (Zona 3), treino de potência (Zona 4) e treino máximo (Zona 5).
Você pode validar a FCR realizando testes em campo ou testes de lactato, que podem ser feitos em clínicas especializadas.
A monitorização da FCR permite identificar alterações na resposta do corpo ao treino, ajudando a evitar o overtraining e reduzindo o risco de lesões.